Usada e abusada

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Usada e abusada
Aquela altura em que namorei o Leandro (o cabo-verdiano adorável de que falei na minha segunda história) foi uma época muito agradável. Era novinho mas na cama era já bem adulto, tratava-me com muita delicadeza, mas quando tinha de ser selvagem era-o e normalmente nessas alturas eu delirava. Durou apenas três meses e não era propriamente um namoro normal, era mais uma relação de amizade em que não nos víamos todos os dias, mas que, quando estávamos juntos chegávamos a um grau de proximidade e intimidade que muitos casais de namorados não atingem. Entre nós dois nunca chegamos a definir aquilo que era a nossa relação. Eu aproveitava para usufruir do prazer que aquele jovem e bonito macho me proporcionava, adorava estar com ele, não só nas alturas em que fazíamos sexo. Acho que ele gostava de estar comigo porque para além de ser bonita e jeitosa (pelo menos era isso que ele dizia), deixava-o fazer coisas que outras não o tinham deixado e porque eu expressava o prazer que sentia de uma maneira descontrolada. Como eu gostava daquele pau, para além de grande era lindo e tinha uma cabeçona enorme que eu adorava chuchar.
Pouco tempo antes de ter conhecido o Leandro tinha conseguido um novo emprego. Pela primeira vez passei a ter um gabinete só pra mim, bom salário, bom ambiente, também por isso naquela fase eu me sentia feliz.
Certo dia cometi um erro no meu trabalho que criou alguns contratempos a outros trabalhadores e, pouco antes da hora de saída, fui chamada ao escritório do chefe. Disse-me que aquilo era inadmissível, que naquela empresa não se toleravam erros daqueles e perguntou-me a que se devia o erro.
– Foi uma distração, respondi eu.
– Pois, precisa de ter mais cuidado com essas distrações, eu andava mais preocupado com a possibilidade de você poder causar distrações aos seus colegas com a sua vivacidade e com o seu encanto, que me agrada, acho que pode trazer mais benefícios que prejuízos à empresa, mas não estava à espera de uma situação como esta da sua parte.
– Peço imensa desculpa, não se voltará a repetir.
– Está bem, mas já que está aqui deixe-me também dizer-lhe que há algumas colegas suas que se sentem incomodadas com algumas atitudes suas, dizem que você gosta de provocar os homens. Eu entendo que não seja por mal, que seja a sua maneira de ser, aliás, eu aprecio o modo dinâmico como trabalha, mas tenho de me preocupar com a satisfação de todos os trabalhadores.
– Sim, é a minha maneira de ser, mas se for necessário vou ter mais cuidado com isso.
– Já agora, se quiser responder, já reparou que a maior parte dos seus colegas é casado, sei que você não o é, mas tem namorado?
– Sim, tenho um namorado, que a esta hora já deve estar à minha espera.
Tinha combinado com o Leandro um encontro em minha casa nesse dia, mas depois de jantar, não àquela hora.
– Ai é? Já devia ter dito isso, é melhor avisá-lo porque se calhar não se vai embora tão cedo.
Enviei uma mensagem a dizer que ainda estava no trabalho e que talvez fosse chegar tarde a casa. Já tinha concluído que se ainda ali estava era porque o meu chefe me queria foder. Já tinha ouvido histórias que ele já se tinha aproveitado de outras mulheres da empresa. Não era uma ideia que à partida me excitasse, ele não era atraente, era barrigudo e já devia ter uns 55 anos. Mas claro que aquilo podia melhorar a minha situação na empresa ou pelo menos fazer com que o erro que cometi naquele dia fosse ultrapassado, então deixei-me estar à espera do momento em que ele passasse à ação.
– E esse namorado, já estão juntos há muito tempo? É uma coisa séria?
– Não sei, não estamos juntos há muito tempo, a ver no que dá.
Ele levantou-se e ficou em pé ao meu lado.
– Estou a ver, é para manter a forma, aproveitar a juventude para fazer as coisas boas.
– Mais ou menos, disse eu com um sorriso amplo na face, aquele “mais ou menos” era um “sim, adoro essas coisas boas”.
– Pois aproveite bem. A minha juventude já passou, agora é só trabalho, só penso nas coisas boas quando me aparece uma coisa boa à frente.
De seguida veio por trás de mim, que continuava sentada na cadeira e pousou as suas mãos nos meus ombros. Como eu não disse nada nem fiz nenhum gesto de rejeição começou a massajar-me, pouco tempo depois já me segurava as mamas.
– Pequeninas mas boas, durinhas, disse ele, se calhar está a sentir calor e quer despir a blusa.
Deixei-me estar imóvel, ele era o chefe, ele é que me ia comandar. Despiu a blusa e o soutien, beijou-me o pescoço e colocou-se a meu lado desapertando as calças. Sem dizer nada comecei a chupar-lhe a piça. Comecei a sentir prazer com aquela situação, a ideia de estar a ser usada sexualmente pelo meu chefe estava-me a agradar, mas por muito que me esmerasse naquele broche o caralho não entesava. A dada altura ele disse:
– Isso, continue a chupar, está a chupar bem. Ele demora a levantar, mas esteja descansada que depois demora muito mais a baixar, nem imagina o que vai sofrer.
Continuei a mamar, quando já estava bem duro (era bem grosso) e eu me deliciava a mamá-lo ouço:
– Pronto, já chega, está mais do que aprovada, agora tire o resto da roupa que chegou a minha vez.
Assim fiz e ele logo me posicionou apoiada na mesa, de costas para ele e de pernas abertas. Começou a esfregar a coninha enquanto dizia:
– Oh como está quentinha, olhe para isto você está a precisar de uma foda bem dada não está?
– Sim, preciso, respondi eu.
Espetou o caralho e logo comecei a ver do que ele falava antes. Entrou logo com todo o vigor e não baixou o ritmo. Eu gemia com o prazer que me davam aquelas fortes estocadas. Estivemos naquilo largos minutos, pelo meio tive um orgasmo mas ele só abrandou quando eu comecei a sentir a sua saliva a cair no meu cuzinho. Logo depois tirou o caralho da cona e começou a tentar enterrá-lo no cu. Queria-me enrabar sem pedir licença.
– Não, isso não, pedi eu.
– Vai negar esse prazer ao seu chefe? Veja como a fiz gozar, não me vai deixar entrar nesse buraquinho mais apertado? Não me diga que nunca levou no cu porque eu não acredito.
– Só levei uma vez e doeu-me muito, menti eu.
Mas não me serviu de nada, quando conseguiu entrar, com um “auuuu” da minha parte, esteve apenas uns instantes com movimentos lentos, logo aumentou a velocidade e a partir daí foi quando eu vi que não era brincadeira quando ele falou em fazer-me sofrer. Esteve uns 10 minutos a foder o meu cu, eu gemia, mas agora não eram gemidos de prazer, eram gemidos de dor, pelo meio ele dizia umas coisas em tom de troça, como “ai que cuzinho bom, adoro fode-lo”, “está a gostar não está?”. Senti alívio quando senti o leitinho dele a preencher-me.
– Pronto, por hoje está dispensada, esperam-lhe bons tempos nesta empresa.
Fiquei cansada, levar uma foda daquelas depois de um dia de trabalho, sem antes ter um tempo de descanso foi extenuante. Mas valeu a pena, a partir daí passei a ter mais facilidades e menos obstáculos no emprego.
Fui para casa, ainda tive tempo para um banho e para comer qualquer coisa antes do Leandro aparecer. Recuperei algumas forças, mas não tantas quantas precisava para receber o Leandro como ele (e eu) gostava. Ele chegou e quando se preparava para me dar uma foda maravilhosa, como todas as que tivemos, tive de lhe dizer para ir com mais calma porque estava cansada. Ele fez uma cara de espanto, eu nunca lhe tinha dito nada do género e quando fodíamos nunca me faltava energia. Depois das fodas que dávamos era normal eu dizer-lhe “foste maravilhoso, mas eu aguentava mais, não me queres dar mais?”, e normalmente ele dava e eu gozava sem me faltarem as forças.
– Que te aconteceu, foi alguma coisa no trabalho? perguntou ele.
Disse o que tinha acontecido porque pensava (ou queria pensar) que a ideia dele em relação à nossa relação era igual à minha. Mas, ao saber daquilo, ele ficou aborrecido, se calhar foi a maneira natural como eu o disse mas depois fiquei a pensar que talvez ele quisesse ter uma relação mais séria comigo, sem que pudéssemos ter sexo com outras pessoas. Ficamos algum tempo em silêncio e aí senti-me desconfortável, quis ver o Leandro mais alegre e descontraído, que era como eu o conhecia, então colei o meu corpo ao dele dizendo:
– Tu sabes que eu gosto muito daquele emprego, se não fizesse aquilo ia ficar numa situação má. Sabes em quem eu pensava quando ele me fodeu não sabes?
Já lhe estava a baixar as calças. Ajoelhei-me ali, na sala, e mamei aquele belo caralho negro até ficar tão duro que parecia que ia explodir. Dirigi-me para o quarto enquanto tentava reunir o máximo possível de forças, despi-me e deitei-me na cama. Ele veio atrás de mim e acabou vagarosamente de se despir enquanto olhava para mim, de pernas abertas a tocar a coninha e a dizer “anda meu amor, anda-me foder que eu preciso desse caralho bom”. Ele veio, mas de uma maneira muito diferente à que era habitual, não disse nada, não me beijou uma única vez, o que fez foi enterrar-me o caralho de uma forma quase furiosa. Eu deixava-me estar ao seu dispor e até o encorajava: “oh caralhão fode”, “oh macho lindo, não pares”. Fodeu-me a cona até sentir que eu atingi um orgasmo, logo depois saiu de dentro de mim e pôs-me de cu para o ar. Pegou no creme que eu tinha lá no quarto, lambuzou o meu olhinho à pressa, foi o único momento de complacência que ele teve comigo, e penetrou-me. Eu estava completamente colada ao colchão e ele apoiado nos joelhos e com as mãos a separar as minha nádegas para conseguir um bom acesso. Não me enrabou durante tanto tempo como havia feito o meu chefe, mas de uma maneira ainda mais bruta, provocou-me muito sofrimento, cheguei a gritar com as dores. Quando ele se veio abundantemente eu deixei-me ficar deitada vendo que ele logo se levantou para se vestir.
– Já te vais embora?
– Já. Amanhã tenho que acordar mais cedo.
– Não ficaste zangado comigo, vamos continuar amigos… eu sabia que ele estava zangado, aquela foda fora muito diferente de todas as anteriores, os 22 anos dele não lhe permitiam entender que pudéssemos gostar muito um do outro e desfrutar muito do tempo que passássemos juntos sem termos propriamente um compromisso sério.
– Não, não estou zangado, disse ele antes de sair.
Mas a partir daí deixou de atender telefonemas e de responder a mensagens. Nunca mais fodi com ele e acho que naquele dia só me fodeu como forma de punição por se sentir traído.
Quando percebi que não iria ter o Leandro mais nenhuma vez andei de olho noutros jovens negros aqui da zona, mas conforme falava com eles ia entendendo que não era a raça que fazia a diferença, o Leandro era especial porque sim. Gostava que aquela fase tivesse durado mais tempo.

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